quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Anjo Presunçoso

O relógio soou mais uma vez me dizendo para não ter pressa.
Insensato, o pensamento me transporta até o teu ser,
Através do hálito que ainda repousa em meus lábios,
Das palavras que ainda ecoam em meus ouvidos.
Ainda estás em mim.
Há um cheiro, um toque e um gosto que ainda não saíram do meu interior.
Não me importo de padecer em teus braços, doce anjo presunçoso.
Sabes que estou entregue ao teu dispor
E mesmo sem querer alimentas essa minha ilusão.
Estremeço ao ouvir-te,
Quando me tocas sinto meu ser em completa agitação.
Um misto de todos os sentidos: o tato, o contato,
O olhar,
 a audição e o olfato,
Meu paladar que ainda não saciou o desejo
De poder, mais uma vez, desfrutar do néctar sagrado que emana de teus lábios.
Tudo se volta para o teu ser!
Ignorando o perigo, eu me arrisco e me atiro no abismo.
Não me importo com o tamanho da queda, contanto que eu possa por alguns segundos desfrutar dessa louca e intensa sensação de poder voar.
Que sejas então o princípio e o fim de toda a minha maldição.

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