segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O amor

O amor é uma gorda desajeitada
Que entra casa a dentro e no caminho
Quebra o vaso, mata o peixe e o passarinho
Invasora, inconsequente e mal-educada

O amor é uma chuva na praia no dia da viagem
É um feriado que cai no Domingo
É no mar da inconveniência o último pingo
É avistar no deserto uma miragem

Ai do que ama! Salve-se quem puder
Porque o amor, acredite se quiser
É dos monstros o mais horroroso

Sorte a minha! Sou incapaz de amar
Mas um grande defeito eu devo confessar
Além de poeta, sou um grande mentiroso.

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