domingo, 21 de agosto de 2011

Revelação




Eis que ele vem:
Surgindo na escuridão
Profusa da mente,
No silêncio escuro
Do céu em breu.

E ele vem
Sorrateiro,
Em passos
Comedidos
Mas, ligeiro
Como o vento.

Cantando
Uma sonoridade
Esparsa,
Dedilhando
Uma melodia
De cores-vivas.

Invade
Este beco
De existência
Revelando-se
Diante de ti.

Em palavras,
Fragmentos,
Sintagmas-luzes
De poesia-viva.

Aí está!
Breve como a passagem
De um segundo morto,
O poema.


Itamir Vieira
Poeta

Nenhum comentário:

Postar um comentário