segunda-feira, 30 de abril de 2012

Solidão



Vejo as cores da tarde serem abafadas
Pela penumbra do horizonte sem fim,
Como memórias devoradas pelo tempo,
De sonhos distantes que se perdem no nada,
Do imenso vazio que transborda em mim.

Percebo que sou incógnita perdida
Em um mundo ilusório de versos e melodias
Incompreensíveis na consonância da vida,
Reunindo fragmentos de ilusões,
De esperanças muitas, já vazias...

Sinto a solidão arder em meus olhos,
Percebo que meu coração é frio
E, junto às lágrimas, sinto um leve arrepio,
Que espalha o pó em minhas mãos,
De sentimentos tantas vezes partidos,
De um mundo iludido que se faz a desilusão.

Ana Rita Dantas
Poetisa

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