domingo, 1 de julho de 2012

Cafeteria II



Sento-me
        (Na cafeteria)
E me detenho,
Olhando as pessoas
       Ao redor.
Vejo-me, aqui, a refletir
       Tormentos,
Passagens, aragens, pó.

Alguém me olha
       (insinuante)
Para saudar-me
       (efusivamente).
Então me distraio
       (a mão aberta)
Para toda gente...

Pensar na vida
(E mais que isso),
Levar a xícara
À boca fria,
Eis a única certeza
Que redijo
Numa das mesas
Da cafeteria.

Alguém me olha
(A reclamar miragens)
E se fixa na minha xícara de café...
Deixo-me levar, assim,
Pelos imprevistos
Olhares dessa mulher...

Mário Gerson
Poeta

2 comentários:

  1. Ana Rita, obrigado... Um poema escrito naquela cafeteria onde tomamos café, juntamente com sua irmã. Um abração e mande seus poemas para postarmos. Valeu!

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