segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Primeira carta ao céu


Oh, manto azul que envolve a península esférica
Que me galga em pensamentos idílicos
Cubra-me também nesse momento cítrico
Pois minha razão não espera de tão histérica

Já farto da côdea oferecida seca arrefecida
Peço incessante para ao menos fitar seu horizonte
Já não mais suporto sobre meus olhos o peso do monte
E o frio da iniqua nevoa de mãos umedecidas

Trazei-me teu acalento em um sopro de seus divinos ventos
Trazei-me o brilho de teus astros fátuos

Dizei-me o caminho de teu quente ninho
Dizei-me como sair do descaminho

Pois o tempo que nos tornará um não demora
E apreça-se mais pelas mãos úmidas
Venho desejar de ti nossas mentes eternamente unidas
Mas de tudo o que eu mais quis foi não ir embora

Erick Silva
Poeta

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