sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Cadeado



Livre, preso em casa
Amedrontado pelos transeuntes
Entrecruzando-se ensimesmados

Livre, Faço – me de carcereiro
Do meu lar
Sair pelo direito assegurado,
[De ir e vir
Recuso-me
Pelo direito de ir e conseguir voltar
[de quem parti.

Engrosso a multidão de encarcerados
Da Cadeia evolutiva.
Da Cadeia nacional.
Da Cadeia trófica.
De uma Cadeia alimentar,
Onde se nutri das aspirações
[Alheias
e a antropofagia é banal.

A detenção dos sentimentos
Faz-nos racionais
?
Suprimir desejos
Prender-se por vontade
_E jogar a chave
Somos independentes para não
Fazê-lo_

Vigio os outros, começando por mim.
Não durmo mais.
Somente nos sonhos
[se é livre].
O perigo insiste.


Rayane Andrade
Poetisa

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