sábado, 3 de agosto de 2013

Melhora da Morte



Acordou adoentado,
Com sintomas que já lhe eram familiar.
Para ser bem franca,
Vivia mais na moléstia do que são.
Da última vez em que o viram,
Carregava um sorriso animador.
“É a melhora da morte”
Alertava os amigos à família.
De súbito,
Já se viu sem chão, sem dor, sem alma.
Os curiosos em seu enterro indagavam a causa.
Os que lhe tinham apreço,
De imediato respondiam:
- Morreu como morrem os poetas: de solidão.

Rayane Medeiros
Poetisa

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