Depois da cisma da manhã,
A massa corporal aniquilada –
O gesto habitual de quem regara
A existência em campos verdes e medonhos...
Depois da cisma da manhã –
Como uma viúva negra à mesa,
Tua boca alimentou-se de sonhos
Naufragados na luta vã...
Depois da cisma da manhã –
Como uma viúva negra que rodeia
A vítima a seduzir-lhe o ser,
Tua boca tragou o resto – o fim
Daquele fio de viver.
Depois da cisma, a manhã
- Inaugurando sóis cotidianos –
Invadiu um morto sobre lençóis mundanos.
Mário Gerson
Poeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário