segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Erro crasso


Não há solução poética para dor alguma.
Repito: não há solução poética para dor
e também não há suporte em lugar nenhum.
E o poeta, desacanhado, toma as dores alheias
e peca gravemente, pensando suportar os ombros.
Sem resposta alguma, nem paz. Nada, agora.
Deseja sair, mas está amordaçado
e seus goles de uísque escafederam-se:
está sóbrio.

Felipe Conti,
Poeta.

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