domingo, 5 de janeiro de 2014

O desfecho extraordinariamente comum


  • Entreteve-se tanto 
    com o mundo de plástico
    que já não sentia mais os pisões,
    nem mesmo o peso da classe, 
    que lhe era – ilusoriamente – natural.

    E morreu feliz
    (bem melhor que outros):
    sentia apenas o que
    imaginava possuir.

    E o erro, quando vivo,
    caso pudesse perceber:
    possuía apenas o que
    imaginava sentir.

    Sempre imaginava.
    Nem sempre sentia.

    Felipe Conti
    Poeta

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