Salmo do Desapego II
Muitas vezes, a vida nos põe em um pedestal
Branco e reluzente
Tão reluzente que nos faz esquecer as formigas ao redor
Faz acontecer
Coisas boas, ruins
Mais ruins que boas, sejamos realistas
Cria mágoa
Ódio
Rancor
Nojo
Desprezo
E quando o fim chega
Tudo é esquecido
Dissolvido
No fim
Quando as forças acabam
Quando a fala embarga
Tudo é dissolvido em lágrimas
Perdoado
O processo de desapego é iniciado
Afim de ensinar
Fazer entender sobre a vida
De que ela, pelo menos agora
Não é infinita
E na cabeça, o que Björk falou
Sobre aprender com o estado de emergência
Nunca fez tanto sentindo.
Anderson Morais,
Poeta.
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