segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Salmo do Desapego II


Muitas vezes, a vida nos põe em um pedestal

Branco e reluzente

Tão reluzente que nos faz esquecer as formigas ao redor

Faz acontecer

Coisas boas, ruins

Mais ruins que boas, sejamos realistas

Cria mágoa

Ódio

Rancor

Nojo

Desprezo

E quando o fim chega

Tudo é esquecido

Dissolvido

No fim

Quando as forças acabam

Quando a fala embarga

Tudo é dissolvido em lágrimas

Perdoado

O processo de desapego é iniciado

Afim de ensinar

Fazer entender sobre a vida

De que ela, pelo menos agora

Não é infinita

E na cabeça, o que Björk falou

Sobre aprender com o estado de emergência

Nunca fez tanto sentindo.


Anderson Morais,

Poeta.


 

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